Perto do céu

Imagine um telhado. Não um telhado normal, onde gatos fazem festa à noite. Nem um simples telhado que tem apenas função de abrigar. Mas um telhado que expande caminhos, contrai os medos e libera a mente.
Não precisa de muita coisa. Só mais de uma cabeça, mais de uma boca. Só precisa de idéias, de atitudes. Precisa de um céu, independentemente de como ele esteja. Precisa de tempo, por que minutos se tornam horas. Precisa ser leve como uma pena e resistente como uma rocha.
Ah, o telhado. O lendário telhado. Em uma noite, ele deixou de ser simples concreto e ferro, para se tornar nuvens e escadas para outra dimensão.
As palavras escorrem pelos dedos e correm para as pernas. Se quiser cantar, pode. Se quiser silêncio, apenas se cale. Se quiser pular, pense. Se quiser dançar, chame o outro. É como estar no topo do mundo. É como estar mais perto do céu. Depois de um tempo, parece que a Lua e as estrelas estão do seu lado, enquanto seus pés balançam no ar. E se quiser fazer fumaça, traga seu triângulo.
É quente e frio. É doce e amargo. É suave e intenso. É diferente do que se pode pensar e igual ao que se pode imaginar. O lance, é sentir.

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