Anna Rosa, por ela


No dia em que o Sol nasceu azul, Anna Rosa pôde sentir na ponta de seus dedos que algo iria acontecer. Nada havia de diferente até a saído do labor, mas a ponta dos seus dedos alguma coisa dizia que tudo mudaria.
De repente ela ouviu em sua mente certas coordenadas que a levariam para um lugar que ela já tinha estado. E como se a JJ estivesse sussurrando a velha música Summertime. Ela podia ouvir tudo, cada acorde, cada trago no cigarro, cada corda vibrando separadamente, o cara da bateria queimando suas ultimas pontas, e a música a levou para o centro do alvo.
Entre milhares ela encontrou o pequeno de capa preta. Entre centenas de milhares, ela já conseguia entender o que causava arritmia e o que tirava o ar.
Ela pulou cercas, avançou mais que suas pernas alcançavam e quando o ar já não entrava mais no seu pulmão, quando JJ dizia: nononononononononononononodontyoucry! O tempo parou, ela pode sair do corpo ao ver seu nome escrito como partituras, por muito tempo houve um silêncio. Por alguns segundos ela poderia cair do Burj Dubai sem nenhum medo de se machucar, por que das letras ela faria uma corda para ajudar a escalar até o topo de novo.
As vozes dos outros foram caladas por um viagem, a luz entrou em copo, tudo havia parado naquele momento, uma pausa bem embassada e espessa.
De onde saíram aquelas palavras? De qual mão poderia ter vindo algo assim?
Naquele momento Anna Rosa se sentiu Anna Rosa, e não mais por quem tanto à chamava. Foi assim, com voz de JJ que dizia que ela iria crescer um dia, tudo tinha ficado bem, até Anna Rosa queimar a chave que abrira esse mundo pra ela. Seus dedos tornaram-se invisíveis, sua voz desafinou, seus olhos perderam o brilho... e assim foi, o dia em que o Sol nasceu azul, para A. Rosa.

Um comentário:

  1. Depois fala que eu que sou surreal rsrs...

    Cara...de onde que você tira essas imagens dessa garota aí???

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