Acréscimos

Eu sei que o post anterior começa com 'Esse é último post do ano e blá blá blá', mas hoje (ou ontem) eu percebi uma coisa que achei seria importante compartilhar, com pelo menos as 5 pessoas que leem isso (que?).

Certo. Tudo começou às 15h de ontem. Todos os meus sentidos me apontavam apenas uma direção, um caminho, uma saída. Eu senti um arrepio na coluna antes de fazer a curva, e me senti assim apenas umas 4 vezes na minha vida. Meu coração devia tá mais ou menos na altura dos meus olhos, e eu sabia que novamente eu iria ser colocada a prova. E fui. Realmente fui. Eu realmente fiquei extasiada com isso, é como se meu corpo me avisasse das possíveis mudanças da minha mente, ou de outros órgãos dentro de mim.

Foi nesse mexe-mexe do material que comecei sentir as mudanças na minha alma. Daí o motivo das arritimias sem fim. Enfim, os meus pensamentos foram cruzando com sentimentos dando origem à novos conceitos. O mais legal disso é que percebo que não me conhecia tão bem como eu pensava. Isso que acontece comigo é como se fosse um pós-morte. Como se eu tivesse visto até o suor descendo da testa do Ceifador e voltado a superfície. A gente começa a conhecer os caminhos e colocar a cabeça no lugar.

Andei vendo, nos 7 minutos restantes, o que eu demorei muito tempo pra perceber. Apesar de não gostar de boa parte delas, sou como uma criança (e acho que herdei isso da minha mãe). Promessas pra mim devem ser cumpridas. E isso não é bom. Por que vivo com humanos, e certos humanos que muitas vezes não olham mais além do que o seu próprio bem-estar.
Vi também que posso ser o que eu quiser ser. Pessoas vão vim e falar que é loucura, que não vai dar certo. Mas entendi que dentro de mim existe a pessoa mais importante do que todas as outras (não, não estou grávida). E eu só preciso fazê-la acreditar que pode dar certo.

Eu ví que realmente estou enlouquecendo, tendo em vista que eu costumo recitar a cena do chá do Alice no País das Maravilhas em inglês, mas não importa. Talvez seja por que eu esteja num novo país. País do auto-conhecimento, e não há mau nenhum em experimentar um chá. Eu consegui ver o bem que a música me faz e como eu estou mais apegada a ela do que a centenas de coisas. Por milhares de vezes eu caí, e apesar de achar que foram pessoas que me salvaram, não posso negar que solos de gaita me fizeram sorrir.

Entre outros 1001 conceitos novos que descobri e que vou testá-los um a um, eu entendi que o me move não é a vontade de ser mais forte que ontem, não é a vontade de agradar meus pais ou quem quer que seja. O que me move a melhorar, a me sentir bem são coisas mais simples do que isso. Acho que é só de poder soprar um dente-de-leite, ou a ansiedade de editar minhas fotos. Acho que é poder desafinar nas minhas músicas favoritas, poder rir só, ficar acorda, postar nesse blog, sonhar que um dia serei famosa, vestir roupas bizarras, não lavar meu all star... enfim.

Comecei a ver a vida dando uma volta ao contrário, estou correndo contra o tempo pra viver tudo que eu preciso. E apesar que meu coração queira sentar e esperar, meu corpo me agita pra eu ver novos lugares.

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