Beauty And The Beast II





- Bela!
- O-Oi.
- Bela, não morra...
- S-Sim...
- E-Eu não vou m-morrer.
- Não?
- N-Não...
- Me diga então, de onde veio todo esse sangue?
- Vem d-de mim.
- É muito sangue, molhou meus pés!
- Eu S-sei
- Bela! Me explica isso. Diga-me, com todos os detalhes, como, quando e quem fez isso.
- E-Eu...
- Como?
- Costurando aos 17 anos, ela irá se ferir e adormecerá para sempre. Ao redor do castelo há de nascer uma grande roseira. Dar-se-á rosas colombianas de perfume sedutor, vermelhas como sangue, do tamanhho de mil homens, porém seus espinhos matarão, e crescerão assim que cortados. Para quebrar tal maldição, pede-se que um certo senhor lhe abra os olhos com um beijo.
- E agora?
- Espere...
- Hey, mr...



* * *



Bela cai então adormecida sobre seu colo e de longe ele pode ouvir a terra se sacudindo e rosas enormes saindo prontas de sua terra. Seu enorme jardim cinza agora é banhado de sangria, seu coração arrítmico foge com suas palavras. Ele fecha os olhos e já não está mais ali. Está em meio a um deserto muito familiar e só quer chegar para vê-la. Seus pés afundam na areia e o frio lhe congela os grandes cabelos escuros. Ele andou por muito tempo até que se viu em frente a seu castelo. Rosas enormes lhe indicaram a direção. Sabendo que não poderia lutar contra os espinhos, ele se achega de forma amigável, cantando e tocando para as rosas que lhe mostram a escada.
- Seu corpo ainda se arrepia com a minha voz. Ei, pequena criança, em algumas manhãs você estará crescendo e cantando. Sutilmente você me abraçará. Faremos castelos feitos de areia pra que eles sigam para o mar. Eu vou tirar a bala e A chave os seus pés e você voará com asas pequenas por entre as nuvens com zebras, borboletas e vaga-lumes, viveremos nosso conto de fadas,  na infinita estrada. Meu amor, minha flor, minha menina, este é o fim de todas as elaborações de planos, tudo correrá com o vento que chama por Maria.l está tudo acontecendo. Me dê um beijo meu amor, hoje eu tenho 100 anos, e o meu coração bate como um pandeiro, num samba dobrado.



* * *



Ele a beija... E sente seus lábios quentes. Ela se acendeu novamente como fogo...


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