Mas hoje eu comecei a me perder quando tentava te achar, me perdi de tal forma, que quando assustei, estava imersa em palavras que chegarão nos teus olhos e ouvidos, com um outro sabor. Falei de ti hoje, e me arrependo disso. Hoje eu não lhe achei, nem em fotos eu achei, nem em devaneios lhe encontrei. E ao mesmo tempo, teus olhos estavam tão presentes. Como quem brinca com cores, como quem chora com dedos doloridos, como quem tem medo da chuva, ou quem bebe Pedra. Assim, só assim.
Hoje te quis, como nunca quis. Te quis pra conversar, pra trocar idéias, pra movimentar nossas cabeças. Não vou lhe dizer o que exatamente conversaríamos, porque não sei. Mas queria te levar à novos lugares, aos meus novos lugares favoritos e por que não aos velhos? Quero sempre assim, bem assim.
Hoje eu quis inventar desculpas pra falar com você, talvez lembrar de algo meu que ficou em você. Talvez lembrar de algo meu que ficou com você, e de coisas que você não deixou pra tras. Hoje eu quis sentir um pouquinho de frio na barriga. Barriga. Quis ouvir a banda que mais detesto e a música que mais me faz mal. Hoje queria ser só seu BlackBird, ser uma Little Wing, ser teu Tempo de Verão e tua Vermelha. Só tua. Hoje quis entender e ouvir o que você escreve. Quis te proteger do que você se enche e entender por que ainda fica vazio. Quis você pra tanto. Quis tanto você. Hoje quis brincar de desentendida, ser tua loucura. Hoje eu te vi, tropeçando em seus pés, numa estrada que você que escolheu partir. Hoje, foi um dia perfeito.
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