Nada para você

Guarde para você sua arrogância. Sua falsa indentidade criada para querer se sobrepor à mim. Guarde para você suas filosofias copiadas de alguém que nada conhece. Guarde para seu uso esses seus gostos não originais. Você pode chamar do que quiser, pode até ser alguma coisa que você disse, mas de qualquer forma, guarde para você.

Não me chame mais para beber com você, esqueça as conversas que tinhamos. Nada mais move isso. Virou uma grande massa de passado inerte e insignificante. Guarde para você sua prepotencia com quem só quer ver teu bem e sua infantilidade diante de sentimentos tão imensos.

Guarde o desapego e a sua tristeza fajuta e teatral. Esqueça de mim e de onde fomos. Seu sumiço já não me interessa mais. Dane-se, drogue-se, desfaça-se, desintegre-se. Faça o que quiser com o que você carrega no bolso ou na mochila. Teu calor não me importa mais, teus anéis também não. Então, leve com você o que já é seu e desapareça de mim.

Pinte-se das cores que você quiser, fique com as pessoas que você quiser, escreva o que você pensar, mas que seja um pensamento seu, que sejam suas cores e que sejam suas pessoas. Não entre no meu jardim para plantar ervas-daninhas. Não se estenda sob a minha sombra.

Não invada meu lar. Nem beba a mesma água que eu bebo. DESAPAREÇA na névoa que você trás. Se afogue na água quente que você quer beber. Absinta-se de mim!

Fico a pensar o qué você. Será mesmo que errado são todos? Olhando-se no espelho e vendo que não é ninguém e nem nada que tenha nascido de algo original. Tentando ser rebelde sem ter com o que se rebelar. Procurando achar razões em coisas que não viveu. Usando entorpecentes para se esconder de tão vazio é teu corpo.

Nada há mais, para você.

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