Leve daqui, Palhaço, seus falsos elogios. Leve sua arma de controle e seus sorrisos manipuladores. Leve seus olhares mentirosos e seu ardor fingido. Leve sua dúvida, leve sua trupe e seu circo para outro lugar. Leve sua boca manchada e seus olhos pintados para frente do espelho, mas não se ponha diante de mim. Leve suas mentiras e suas promessas amarradas para que não me lembre delas. Mas, não esqueça, por favor, de deixar tua coragem e tua intrepidez. Quando sair, não me toque.
Leve daqui, Padre, todo seu medo. Leve suas crenças e sua negatividade para longe de mim. Leve sua cabeça-dura e sua teimosia numa fé absurda e sem cabeça. Leve seu medo de confessar, sua vontade de se calar. Leve já daqui essa sua sensatez e teu equilibrio. Mas, não esqueça, por favor, de deixar tua poesia e perspicácia. Quando sair, não me beije.
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