Refletor.



Confesso que hoje não há lugar em mim que já não queira um bom pecado. De certa forma eu acostumei a viver entre o mel e o fel e acho que isso seja bom. Até parece que perdi a noção do que é bom e do que me fere. E agora já não sei se sinto tudo ou se estou tão insensível como antes. É brincar com sagrado e profano. Não falo de um mal remediável, falo de algo que não tem mais solução. Como outrora diria: "ele pôs um feitiço em mim". Agora os dias correm, as noites se prolongam e tudo o que passa pela minha cabeça é a vontade de beber mais dessa garrafa.


O que se encontra aqui é um desejo incontrolável. Não é algo que eu possa desfazer ou simplesmente contornar. Não dá pra enganar e não tem como desfazer. É algo que é guardado e inconfortável. É como preferir andar sobre espinhos. Tanto dó quanto aquece, e baby, eu amo esse calor.
Não há muito o que se dizer. Não há nada na Terra que explique essa minha paixão por querer dar mais do que tenho e ainda assim, me prender de todas as formas. Talvez, por que essa solidez que rege você me guia também, talvez por que eu tenha me apaixonado por teus erros, talvez por que de fato, somos só isso mesmo e nada além.
Então, vou deixando por um triz, o impossível necessário, por medo de não me acostumar com algo diferente. Vou pecando com os mesmos pecados. Me trancando com as mesmas chaves, esperando se você vai ver os tic-tacs do relógio soarem o código para me abrir. E às vezes proponho pra mim mesma"façamos diferente do passado" mesmo me vendo presa à algo que construirmos. Como uma bola e uma corrente que  pos se a mim em algo nunca imaginado. E nessa prisão eu me faço feliz. É pele sobre a pele pela tarde...

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