mulher de Peru



a vontade que a luz acabe, que o tempo pare e que o medo seja a última dose na garrafa não passa.
eu corro os dias tentando não pensar no que poderíamos ou não ser, nos breves minutos e que nossas agendas se cruzaram. fumo cigarro, mordo a ponta da caneta, compro chicletes e balinhas, mudo a alimentação e vejo meus dentes tornos. os lábios parecem ter formiguinhas vermelhas só de pensar em morder sua boca. viro cachoeira quando penso e me sinto criança quando fala comigo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário